Poulantzas afirmou que O Estado, o poder, o socialismo, sua última grande obra, completou a teoria do tipo capitalista de Estado que Marx e Engels deixaram incompleta. Embora essa imodesta mas provocativa afirmação certamente mereça discussão, ela não pode ser avaliada seriamente em um curto ensaio. Em vez disso, neste artigo desenvolver-se-ão quatro argumentos principais. Em primeiro lugar, Poulantzas elaborou uma contribuição maior para a teoria do tipo capitalista de Estado que vai bem além das análises marxistas mais convencionais e contrasta marcadamente com estudos sobre o Estado na sociedade capitalista. Em segundo lugar, ele desenvolveu uma abordagem mais ampla para o Estado como uma relação social que sustenta o tipo capitalista de Estado, diversos estados nas formações sociais capitalistas e a condição estatal de modo geral. Em terceiro lugar, ele adotou ambas abordagens em suas próprias análises teóricas e históricas. Em quarto lugar, sua análise da forma atual do tipo capitalista de Estado era altamente presciente, com o "estatismo autoritário" muito mais evidente agora que quando ele notou os traços de seu surgimento nos anos 1970. Após desenvolver esses argumentos, o artigo também indica algumas limitações básicas da abordagem de Poulantzas para a teoria materialista do Estado, concluindo que O Estado, o poder, o socialismo deveria ser percebido como um clássico moderno.
Poulantzas claimed that State, Power, Socialism, his last major work, completed the theory of the capitalist type of state that Marx and Engels had left unfinished (1978b). While this immodest but provocative claim certainly merits discussion, it cannot be seriously evaluated in a short essay. Instead I will advance four main arguments. First, Poulantzas developed a major original contribution to the theory of the capitalist type of state that goes well beyond most conventional Marxist analyses and contrasts markedly with studies of the state in capitalist society. Second, he developed a broader approach to the state as a social relation that holds for the capitalist type of state, diverse states in capitalist social formations, and statehood more generally. Third, he adopted both approaches in his own theoretical and historical analyses. And, fourth, his analysis of the current form of the capitalist type of state was highly prescient, with 'authoritarian statism' far more evident now than when he noted this emerging trend in the 1970s. After I have advanced all three arguments, I will also note some basic limitations to Poulantzas's approach to materialist state theory, concluding that State, Power, Socialism should be regarded as a modern classic.
Poulantzas a déclaré que L'État, le pouvoir, le socialisme, sa dernière grande oeuvre, a accompli lathéorie du type capitaliste d'État que Marx et Engels avaient laissé inachevée. Bien que cette imodeste mais provocatrice affirmation mérite certainement un débat, elle ne peut être évaluée sérieusement dans un bref essai. Dans cet article, donc, quatre arguments centraux seront abordés. D'abord,Poulantzas a élaboré une contribution plus importante pour la théorie du type capitaliste d'État qui dépasse les analyses marxistes plutôt conventionnelles et contraste profondément avec les étudessur l'État dans la société capitaliste. En second lieu, il a développé une approche plus ample pourl'État comme une relation sociale qui soutient le type capitaliste d'État, plusieurs états dans les formations sociales capitalistes et la condition de l'état en général. En troisième lieu, il a adopté toutes deux approches dans ses propres analyses théoriques et historiques. En quatrième lieu, son analyse de la forme actuelle du type capitaliste d'État était vraiment presciente, avec « l'étatisme autoritaire » plus en évidence maintenant qu'au moment où il a noté les traces de son apparition dans les années 1970. Après avoir développé ces arguments, l'article indique aussi quelques limites debase de l'approche de Poulantzas pour la théorie matérialiste d'État, en concluant que L'État, le pouvoir, le socialisme devrait être apperçu comme un classique moderne.